Roberto Civita abre o segundo dia de palestras.
O presidente do conselho de administração da editora Abril, Roberto Civita, fez uma defesa sóbria, porém enfática, da liberdade de expressão comercial esta manhã, ao abrir os trabalhos do segundo dia do IV Congresso Brasileiro de Publicidade. Falando para uma platéia lotada, na qual estavam presentes alguns dos principais executivos de agências e veículos do País, Civita criticou as iniciativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de regular a propaganda de bebidas e medicamentos, bem como propostas no Congresso Nacional estabelecendo, entre outras coisas, a proibição de propaganda destinada ao público infantil ou em canais de TV por assinatura.Civita defendeu a auto-regulamentação como a melhor solução para os possíveis abusos ou excessos da propaganda, lembrando que o Conar há 30 anos vem cumprindo esse papel. "Na auto-regulamentação os envolvidos se reúnem e resolvem suas pendências em benefício da sociedade. Por que deveríamos trocar isso por algumas leis a mais?", questionou.
"Tramitam no Congresso mais de 200 propostas que buscam estabelecer restrições mais rigorosas à liberdade de expressão comercial. Não devemos condenar toda e qualquer restrição à publicidade - algumas fazem sentido, como a de cigarros. O que não se pode permitir são absurdos, como o da Anvisa, que decidiu por conta própria legislar sobre a propaganda de remédios e bebidas", criticou, ao argumentar que a Constituição estabelece que é da alçada da União legislar sobre publicidade.
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